segunda-feira, 26 de abril de 2010

PRECONCEITOS E ESTEREÓTIPOS

Preconceitos e estereótipos dificultam aceitação da velhice.
Para psicóloga, preconceitos e estereótipos dificultam aceitação da velhice
Brasília - Aceitar o envelhecimento é ainda hoje, para muitas pessoas, a tarefa mais difícil ao longo da vida, afirma a psicóloga Vera Lúcia Coelho, pesquisadora do Centro de Medicina do Idoso do Hospital Universitário da Universidade de Brasília (UnB). Professora aposentada, Vera diz que a dificuldade se deve, em parte, a estereótipos fixados no imaginário coletivo com a ajuda da mídia, que tende a apresentar o jovem como modelo de beleza e vigor.
“A velhice e o idoso são marcados por muitos preconceitos, estereótipos e mitos. Por um lado, passamos a considerar que se a beleza é um atributo associado ao jovem, o velho só pode ser feio. Vemos o idoso como alguém incapaz de aprender coisas novas, alguém inflexível e que não tem desejo sexual. Associamos-no à doença”, sustenta a psicóloga. “Por outro lado, às vezes o idoso é visto como uma pessoa intrinsecamente boa e pura. Nada disso é inteiramente verdade.”
Para Vera, muitos idosos tendem a incorporar esses conceitos, passando a enxergar a si próprio como alguém ultrapassado e sem desejo pela vida. Comportamento que se soma a outras situações que costumam acompanhar a velhice, como momentos de solidão e conflitos familiares.
Felizmente, garante a psicóloga, há muitas pessoas que veem o envelhecimento como algo digno e prazeroso. E que garantem não trocar a velhice – quando afirmam ter, enfim, encontrado formas de se realizar – pela vida que tinham antes.
De acordo com Vera, essa satisfação pessoal se relaciona com a maior ou menor capacidade de cada um para reinventar a própria vida diante da aposentadoria, da saída dos filhos de casa ou da morte de parentes e amigos, atividades que ajudavam a dar certo sentido à existência.
“Encarar o envelhecimento é, de certa maneira, se deparar com a morte. E todos nós temos interiorizado o ideal da eternidade. Todos nos julgamos eternos, mas é preciso saber aceitar o envelhecimento como algo digno e que pode ser marcado por muito prazer. E para aceitar esse processo é preciso se despojar um pouco desse valor social de que só é belo o que é jovem”, conclui a psicóloga.
Ao entrevistar pessoas de diferentes faixas etárias sobre as conquistas e as dificuldades enfrentadas por quem chegou à terceira idade, a Agência Brasil encontrou quem associasse os problemas enfrentados pelos idosos ao desrespeito decorrente da concepção de que eles são “pessoas ultrapassadas”.
Para o engenheiro angolano Luís Fernandes, de 37 anos, a sociedade tende a ser intolerante com os idosos. “Há um desrespeito muito grande porque as pessoas pensam que a velhice é uma fase da vida a qual jamais vão chegar. A preocupação permanente é ser eternamente jovem, o que está totalmente errado.”
Outra que reconhece o preconceito contra os idosos é a agente aeroportuária Flávia Cristina Facundo, de 33 anos. “Ainda há muito preconceito. O ser humano deveria ter mais consciência e consideração com os idosos e eu acho que essa é uma das dificuldades que ainda têm que ser superadas.”
Para a empresária Ana Cristina Celestino, de 41 anos, os mais jovens são “desrespeitosos” ao imaginar que uma pessoa mais velha “não sabe nada ou está ultrapassada”. “Isso é um desrespeito muito grande. A pessoa achar que o idoso não pode trabalhar, não tem o que fazer. As pessoas não dão valor à sabedoria da idade.”
Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil
Edição: Talita Cavalcante

Notícia extraída do site:
http://www.agenciabrasil.gov.br/

segunda-feira, 12 de abril de 2010

II Forum Municipal da Cidadania do Idoso





Os idosos têm direito à saúde, educação, esporte, cultura, lazer e previdência. A fim de que eles tenham acesso a todos estes serviços através do Conselho Municipal do Idoso a Prefeitura Municipal de Viçosa, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, realizou no dia 07 (sexta-feira) o II Fórum Municipal da Cidadania do Idoso, tendo como objetivo a escolha de conselheiros para gestão 2010 a 2012, apresentação do relatório dos trabalhos realizados na gestão 2008/2010, apresentação das Entidades que trabalham com idosos. O evento aconteceu no Salão Paroquial das 14:00 as 18:00 horas, participaram 100 pessoas entre técnicos que trabalham com a terceira idade (Assistentes Sociais, Psicólogos, Secretários, dentre outros), idosos e a comunidade em geral.
O evento contou com a apresentação do Clube da Viola que cantou e tocou a música “Couro de boi”, tema da Campanha de Valorização do Idoso
A Presidenta expôs que ao longo desses dois anos de trabalho, o Conselho designou serviços e políticas efetivas para que a violência não aconteça e que o idoso não sofra nenhum tipo de privação de seus direitos.
O Conselho Municipal do Idoso - CMI é formado por 32 membros, sendo dezesseis pessoas do governo e as outras dezesseis da sociedade civil.
O órgão promove reuniões mensais para discutir todo o aparato do idoso no município.
A meta é fazer uma avaliação, acompanhar as ações realizadas e buscar propostas de trabalho a fim de melhorar a prevenção, a proteção e a promoção do idoso. O CMI funciona na Vila Gianetti, Casa 06 e 07 da UFV, (31) 3899 2695.
Maria Jose de Souza Pena
Secretaria executiva - CMI